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domingo, 17 de junho de 2012

Semi-integral A, C e D Válido até 22/06/2012

terça-feira, 5 de junho de 2012

Físicos anunciam ter 'encurralado' a 'partícula de Deus'(Bóson de Higgs seria responsável por massa dos átomos.)

Os físicos do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês) "encurralaram" a partícula conhecida como “bóson de Higgs” – apelidada de “partícula de Deus”, segundo anúncio feito nesta terça-feira (13), em Genebra, na Suíça. Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que não há dados suficientes para se confirmar que ela foi “descoberta”.
O “bóson de Higgs” é uma partícula hipotética que seria a primeira com massa a existir após o Big Bang e responsável pela existência de massa em outras partículas do Universo. Para encontrá-la, os cientistam colidem prótons (que ficam no núcleo dos átomos) e procuram entre as partículas que surgem desse impacto.
Dois grupos independentes procuram o Higgs no Grande Colisor de Hádrons, do Cern, na Europa: o Atlas e o CMS. Eles não têm acesso aos dados um do outro e apresentaram seus resultados no mesmo simpósio nesta terça.
A conclusão principal é que os cientistas ainda não acharam o Higgs -- mas, se a partícula existe, eles agora sabem onde procurar.
Antes, é preciso entender uma coisa: os cientistas medem a massa das partículas como se fosse energia. Isso porque toda massa tem uma equivalência em energia. Se você calcula uma, tem o valor das duas. A unidade de medida usada é o gigaelétron-volt, ou "GeV".
Segundo o grupo Atlas, se o Higgs existir, ele tem uma massa entre 116 GeV e 130 GeV. Os dados do CMS mostram uma faixa bem próxima: entre 115 GeV e 127 GeV. Ou seja: é entre partículas nessa faixa de massa que os cientistas vão procurar.
O brasileiro Sérgio Novaes, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que é membro do CMS, sugere cautela na análise dos resultados. "Os dados não são conclusivos, a gente precisa lembrar sempre isso", afirmou ele.

Ilustração de uma colisão entre partículas promovida pelo acelerador LHC. É com experimentos como esse que os cientistas estudam partículas como o bóson de Higgs (Foto: Cern)
Apresentação
O primeiro grupo a falar foi o Atlas, com a italiana Fabíola Gianotti. Segundo ela, os cientistas já excluíram a possibilidade de encontrar o Higgs entre as partículas que têm entre 141 GeV e 476 GeV.
De acordo com a cientista, o grupo conseguiu reduzir a janela de probabilidade onde a partícula deve estar. Dentro dela, a região onde estão partículas com 126 GeV de massa parece ter indícios fortes da presença do Higgs .
Após o Atlas, Guido Tonelli, do CMS, apresentou os dados de sua equipe. Eles encontraram esses indícios mais fortes do Higgs em uma região um pouco abaixo, mas muito próxima: entre 123 GeV e 124 GeV de massa.
Segundo os pesquisadores, hoje há cinco vezes mais dados do que no momento da última conferência, há seis meses.

Modelo Padrão
Os físicos têm uma teoria para explicar as partículas elementares do Universo – aquelas minúsculas que formam tudo que existe. Essa teoria se chama “Modelo Padrão”.
O Modelo Padrão explica tudo que sabemos sobre o comportamento e o surgimento dessas partículas, menos uma coisa: por que elas têm massa? E essa é uma pergunta muito importante. O fato de as partículas terem massa é a razão pela qual qualquer coisa no mundo tem massa: o Sol, os planetas, eu e você.
É aí que entra o bóson de Higgs. Diversos físicos – entre eles um britânico chamado Peter Higgs – descobriram um mecanismo teórico que tornaria possível que as partículas tivessem massa. Esse mecanismo – batizado de “mecanismo de Higgs” – prevê a existência de um “campo” que interage com tudo que existe no Universo. Essa interação faz com que as partículas ganhem massa.
Para esse campo existir, é preciso também existir uma partícula especial e invisível. Os físicos pegaram essa proposta e aplicaram nos cálculos do Modelo Padrão e tudo fez sentido. A partícula invisível foi batizada em homenagem a Higgs.

De lá para cá, todas as outras partículas previstas pelo Modelo Padrão foram encontradas, menos essa. Encontrá-la é tão importante que os cientistas construíram na Europa um gigantesco colisor de partículas, conhecido como Grande Colisor de Hádrons, que é a maior máquina já feita pelo homem.
Se, em vez de encontrá-la, os pesquisadores provarem, no entanto, que ela não existe, toda a teoria atual sobre a formação da matéria do Universo vai precisar ser revista.

Físicos descobrem partícula mais rápida que a LUZ (Alguns alunos me perguntaram e aí está um text para ajudar)

Pesquisadores do Cern dizem ter encontrado neutrinos que desafiam a teoria da relatividade de Einstein. Cientistas estão céticos.iG São Paulo | 22/09/2011



Sede do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, em Genebra: descoberta que balança as leis da Física.

Físicos anunciaram esta quinta-feira (22) que partículas subatômicas denominadas neutrinos podem viajar mais rápido que a luz, uma descoberta que, se comprovada, seria inconsistente com a teoria da relatividade de Einstein.
Em experimentos feitos entre o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), em Genebra, na Suíça, e um laboratório na Itália, as minúsculas partículas foram cronometradas a uma velocidade de 300.006 km/seg, sutilmente mais rápido do que a velocidade da luz, afirmaram os cientistas.
“Dá uma sensação de que tem alguma coisa errada, que isso não pode estar acontecendo,” disse James Gillies, porta-voz do Cern. Ele afirmou que os resultados surpreenderam tanto os pesquisadores da institução que eles pediram que outros colegas verificassem suas medições antes de anunciar de fato a descoberta.”Eles estão convidando a comunidade mundial da Física a examinar minuciosamente seu trabalho, e idealmente, conseguir que alguém repita os resultados,” afirmou.
A equipe do acelerador de partículas do Fermilab, nos Estados Unidos, já se comprometeu a iniciar esse trabalho. “É um choque,” disse o chefe do grupo de Física Teórica do Fermilab, Stephen Parke, que não fez parte da pesquisa na Suíça. “Vai nos causar um monte de problemas, isso é fato. Se é que é mesmo verdade”.
O Fermilab conseguiu resultados semelhantes em 2007, mas a margem de erro era tão grande que minimizou sua importância científica.
Cientistas de fora do Cern mostraram ceticismo. Ainda assim, é nisso que apostam alguns membros da comunidade científica: "Rastrear neutrinos é muito difícil. Esse resultado tem que ser algum tipo de erro," disse Drew Baden, chefe do departamento de Física da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. "Até o resultado ser replicado por um segundo grupo, é um tapete voador", afirmou à AP.
O Cern afirma que um raio de neutrinos (conhecidos por ser uma das partículas mais estranhas da Física moderna) disparado de Genebra para um laboratório na Itália a 730 quilômetros de distância viajou 60 nanossegundos mais rápido que a velocidade da luz, com uma margem de erro de 10 nanossegundos (um nanossegundo é um bilionésimo de segundo).

Mas como as implicações do experimento são importantes, os cientistas passaram meses checando e rechecando seus resultados para garantir que não houve erros e falhas na experiência. “Não achamos nenhum erro que pudesse explicar este resultado,” afirmou Antonio Erediato, físico da Universidade de Berna, na Suíça, que esteve envolvido na experiência, chamada de OPERA.
Além do Fermilab, nos Estados Unidos, outro centro de pesquisa que pode replicar a experiência é o T2K, no Japão, que no momento está desativado por conta do terremoto de 11 de março.
Mas os cientistas concordam que se os resultados forem confirmados, eles vão forçar uma revisão completa das leis da física.
A Teoria da Relatividade de Einstein, que diz que a energia é igual a massa vezes a velocidade da luz é a base de toda a física moderna, afirmou John Ellis, físico do Cern que não esteve envolvido na experiência. “Funcionava perfeitamente até agora”, ressaltando que os pesquisadores do OPERA podem ter a responsabilidade de explicar como neutrinos mais rápidos que a luz não foram descobertos até agora.
Outros cientistas acham que a Teoria da Relatividade pode sobreviver a esta descoberta. Stephen Parke, do Fermilab, diz que poderia haver algum tipo de "atalho cósmico" por uma outra dimensão que permita que os neutrinos sejam mais rápidos que a luz. Já Alan Kostelecky, da Universidade de Indiana, nos EUA, afirma que algumas situações não são exatamente como Einstein as previu, e isso pode mudar o resultado. "Você nunca vai conseguir matar a teoria de Einstein. É impossível, ela funciona bem demais," afirmou. "Este caso só precisa ser melhor estudado".

(Com informações da AP e AFP)